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Qumran
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Cavernas de Qumran nas margens do Mar Morto, onde foram encontrados os manuscritos famosos

Uma das grandes descobertas da arqueologia bíblica deu-se em meados do século XX, quando foram encontrados os manuscritos do mar Morto. Em couro e papiro, esses documentos são de inestimável valor para o estudo do ambiente judaico pré-cristão.

Sob o nome de manuscritos do mar Morto tornaram-se conhecidos os documentos descobertos em 1947 em grutas e ruínas do território da Jordânia. As jarras de cerâmica que continham os rolos escritos de couro e papiro foram encontradas por Mohamed al-Dib, um pastor de 15 anos, na região de Khirbet Qumran, cerca de dois quilômetros a noroeste do mar Morto. Nas décadas de 1950 e 1960, em áreas próximas, descobriram-se outros documentos que também ficaram conhecidos com o mesmo nome.

Especialistas de várias nacionalidades dedicaram-se a decifrar os manuscritos. Segundo a hipótese mais aceita, eles foram postos nas 11 grutas de Qumran por membros da seita judaica dos essênios, que ali viveram de meados do século II a.C. até 68 da era cristã, e cuja existência é mencionada pelos historiadores Flávio Josefo, Tácito e Plínio. Os documentos teriam sido enterrados durante a guerra dos judeus contra os romanos, no ano 70 da era cristã, para serem mais tarde recuperados. Além dos rolos contidos em ânforas -- mais de 600, entre textos bíblicos e não-bíblicos, alguns em bom estado de conservação -- descobriram-se numerosos utensílios, moedas, tecidos etc., e uma vasta necrópole com mais de mil túmulos.

Especialista da Universidade de Jerusalém analisando centenas de fragmentos de manuscritos principalmente Bíblicos encontrados em Qumran

Muitos documentos foram adquiridos por museus e bibliotecas de diversos países, e alguns dos mais valiosos encontram-se na Universidade Hebraica de Jerusalém. Os especialistas em geral concordam em datá-los de meados do século III a.C. a 68 da era cristã, a maior parte deles escritos durante os séculos I a.C. e I da era cristã. Com exceção do livro de Ester, todos os do cânon judaico-palestino foram encontrados em Qumran.


Livro de Isaías, o mais famoso e completo encontrado em Qumran, juntamente com o vaso onde foram encontrados outros manuscritos

Os mais importantes dentre os manuscritos são: um rolo do livro de Isaías, em excelente estado de conservação, com cerca de duas mil variantes do texto aceito pela exegese hebraica; uma paráfrase livre, em aramaico, do Gênesis; uma tradução aramaica do livro de Jó, com apenas 38 colunas parcialmente conservadas; 13 manuscritos com textos dos profetas e salmos, incluindo referências históricas à vida da comunidade; vários livros apócrifos judaicos, como o Livro dos jubileus, o Livro de Enoc, os Testamentos de Levi e Neftali, com a tradução em hebraico ou aramaico de obras até então só conhecidas em traduções gregas ou etíopes; a Regra da comunidade ou Manual de disciplina, da qual está completo um manuscrito que mistura doutrina teológica com prescrições práticas; a Regra da congregação, que determina especialmente a precedência entre o Messias sacerdotal e o Messias militar e político; e A guerra dos filhos da luz contra os filhos da treva, que prevê o massacre de todos os pagãos e judeus estranhos à comunidade.


Perto das cavernas de Qumran foram encontrados restos de um "mosteiro" do povo que criava os manuscritos, os Essênios

Retirado da ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. - BARSA

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